Desde a entrada em vigor destas normas houve uma diminuição no acesso aos cuidados de saúde, na sua maioria devido a questões financeiras como revelam alguns estudos. A moderação no acesso foi conseguida, mas mais uma vez fica penalizada a população activa que deveria ter cuidados de saúde mais adaptados à sua realidade.
Perante a diminuição no acesso aumenta a probabilidade de perdermos utentes que precisavam de cuidados, abrimos espaço para os charlatões, para os serviços privados (medida não economicista), para a procura de diagnósticos, automedicação e para a medicina comercial.
O pagamento por acto é a maior armadilha que existe na saúde, se depois de uma cirurgia o utente desenvolver uma abertura da ferida cirúrgica, quem terá que pagar os tratamentos? Terá direito à isenção?
Não seria mais inovador indexar o valor das taxas moderadoras a ganhos em saúde, será que o serviços de saúde têm que suportar o tratamento de um diabético que insiste em não ter cuidados com o seu corpo… imagino a isenção para diabéticos que somente tivessem o valor da Hba1c abaixo de 7… seria uma corrida louca, com poupança num futuro muito próximo… a isto chama-se economia com critério… a insegurança nesta área só leva as pessoas a descredibilizar e a usarem sem racionalidade…
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