Pessoalmente sou um grande apreciador do antigo modelo organizativo dos cuidados de saúde primários, um modelo com grandes conquistas, que permite obter muitos ganhos de saúde, mas infelizmente não vincula os profissionais e as equipas a atingir os objectivos e metas que se pretendem para garantir maior eficácia e desempenho e não dá os chamados incentivos.
As USF surgiram com o objectivo de melhorar o acesso aos cuidados de saúde, melhorar os indicadores de saúde e mudar o modelo a que muitos profissionais e utentes já se tinham acomodado.
Ao longo dos últimos anos houve muitas hipóteses de partir para este modelo, mas sempre resisti, por diversos motivos… (posso referi-los através de email)…
Após decidir dar um novo rumo na carreira surgiu a possibilidade de entrar num projecto… não hesitei apesar de por diversas vezes o ter feito… o que mudou afinal?
Mudei porque os prós de uma USF pesaram mais. Vantagens duma USF:
Para os profissionais:
- Maior visibilidade do trabalho;
- Maior controlo dos objectivos e metas;
- Grande autonomia nas decisões e estratégias;
- Maiores incentivos;
- Maior articulação entre os elementos da equipa de saúde;
- Enriquecimento curricular.
Para os utentes:
- Menos tempo de espera;
- Mais consultas;
- Mais iniciativa dos profissionais (aproximação dos utentes com os serviços de saúde);
- Melhor seguimento dos problemas de saúde.
Desvantagens:
Para os profissionais:
- Maior quantidade de trabalho (grande parte burocrática);
- Maior desgaste das equipas.
Para os utentes:
- Maior pressão para recorrer aos cuidados (maior pagamento de taxas moderadoras).
As vantagens pesam sempre mais que as desvantagens… USF aqui vou eu…
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