Carlos Edgar

09/02/2024

Ibuprofeno dose pediátrica
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O ibuprofeno é um medicamento antipirético e analgésico indicado no alivio da dor ligeira a moderada e diminuição da febre.


O ibuprofeno pode ser usado nas crianças embora os pais devam ter alguns cuidados, como escolher a dosagem de ibuprofeno mais indicada para peso da criança (pode conferir em baixo, valores tendo em conta a dosagem de 5 mg por cada kg de peso da criança), escolher a apresentação mais adequada, por exemplo numa criança com vómitos deve optar pelo ibuprofeno em supositórios, dar as dosagens certas usando o medidor da embalagem (que deve lavar após cada utilização) e dar após confirmar que a temperatura sobe acima dos 38,5°C.

Ibuprofeno dose pediátrica


Ibuprofeno supositórios dose pediátrica

  • Ibuprofeno supositórios 75 mg (idade - peso - dose (posologia))
    • 8/ 12 meses - 7,5 a 9 kg (1 supositório até 3 vezes o dia)
    • 12 a 24 meses - 10 a 12 kg ((1 supositório até 3 vezes o dia)
  • Ibuprofeno supositórios 150 mg (idade - peso - dose (posologia))
    • 3 a 5 anos - 15 a 19 kg (1 supositório até 3 vezes o dia)
    • 6 a 9 anos - 20 a 29 kg (1 supositório até 3 vezes o dia)

Ibuprofeno xarope dose pediátrica


Se lembre que não deve ultrapassar as doses máximas recomendadas, deve fazer pelo menos 6 horas de intervalo entre as tomas e não deve dar mais de 4 vezes ao dia o ibuprofeno.
  • Ibuprofeno xarope 20 mg/ ml (peso - dose (posologia))
    • 5 kg - 1,5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 6 kg - 1,5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 7 kg - 1,8 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 8 kg - 2 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 9 kg - 2,3 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 10 kg - 2,5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 11 a 12 kg - 2,8 a 3 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 13 a 15 kg - 3,3 a 3,8 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 16 a 18 kg - 4 a 4,5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 19 a 21 kg - 4,8 a 5,3 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 22 a 25 kg - 5,5 a 6,3 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 26 a 29 kg - 6,5 a 7,3 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 30 a 43 kg - 7,5 a 10,8 ml (até 4 vezes ao dia)


  • Ibuprofeno xarope 40 mg/ ml (peso - dose (posologia))
    • 13 a 19 kg - 2 a 2,5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 20 a 24 kg - 2,5 a 3 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 25 a 28 kg - 3 a 3,5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 29 a 32 kg - 3,7 a 4 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 33 a 36 kg - 4,2 a 4,5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • 37 a 39 kg - 4,6 a 5 ml (até 4 vezes ao dia)
    • +40 kg - 5 a 7,5 ml (até 4 vezes ao dia)
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07/02/2024

Engravidar depois de tirar o implanon® (implante hormonal)
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O implanon® é um anticoncepcional de longa duração que se traduz por um pequeno bastonete que se insere debaixo da pele do braço, o conhecido implante hormonal confere à mulher uma protecção durante 3 anos, graças à libertação de hormonios todos os dias, evitando a gravidez.
Implanon NXT® (implante hormonal)


Engravidar depois de tirar o implanon® (implante hormonal)


O implanon® tem grande grau de eficácia, podendo também, como os outros anticoncepcionais falhar especialmente quando a mulher faz algum medicamento que interfere e corta seu efeitos, os medicamentos que podem cortar o feito do implanon® são:
  • antiepiléticos (primidona, carbamazepina, barbitúricos, fenitoína, oxcarbazepina, topiramato e felbamato);
  • ntituberculostáticos (rifampicina);
  • infeções de HIV (ritonavir ou nevirapina);
  • modafinil (sono);
  • antibióticos (tetraciclinas, amoxicilina, ampicilina, griseofulvina, macrólidos);
  • produtos à base de erva de S. João (hipericão).

A mulher que usa o implanon® e decide engravidar deve falar com seu médico para retirar o implante e preparar sua gravidez, após retirar o implanon® a mulher pode logo engravidar, pois deixa de estar protegida, mas na maioria das vezes não consegue e seu médico pode não aconselhar, pois é comum querer que seu ciclo seja naturalmente reposto e que inicie a suplementação.

A mulher pode assim engravidar logo após retirar o implanon®, mas não é muito comum, pois o seu corpo tem que iniciar a produção  de hormonios para repor o ciclo menstrual e a mulher ovular. Esta reposição hormonal é mais demorada nas mulheres que antes de usar os anticoncepcionais hormonais eram irregulares.

Se retirou o implanon® deve aguardar, registar as datas de sua menstruação (se lembre que pode não descer logo) e planeie sua gravidez com seu médico. O implanon® não altera sua fertilidade (infertilidade).

Engravidar depois de tirar o implanon® (implante hormonal)
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Sarampo – Prevenir e controlar​ numa USF
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Introdução


O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. O vírus pode permanecer infecioso no ar até duas horas após a pessoa infetada sair de uma determinada área ou espaço.

Transmissão do sarampo


Os doentes são considerados contagiosos desde 4 dias antes e até 4 dias após o aparecimento da erupção cutânea/exantema. Os sintomas típicos de sarampo aparecem, geralmente, entre 10 e 12 dias (variando entre 7 e 21 dias) após a pessoa ter sido infetada e começam habitualmente com febre elevada, tosse, corrimento nasal (coriza) e conjuntivite (olhos vermelhos). Dois a três dias após o início dos sintomas, podem aparecer pequenas manchas brancas (manchas de Koplik) no interior da boca. A erupção cutânea aparece geralmente 10 a 12 dias após a exposição de uma pessoa e espalha-se da cabeça para o tronco e para as extremidades inferiores. De notar que os doentes imunodeprimidos por vezes não desenvolvem a erupção cutânea e nas pessoas vacinadas a doença é mais benigna e pode ser atípica.


Procedimentos iniciais perante caso suspeito de sarampo numa USF


1. Na presença de caso suspeito de sarampo recomenda-se que os doentes sejam de imediato desviados do circuito normal de atendimento, sendo colocados em sala própria com máscara cirúrgica;

2. No caso de crianças mais pequenas onde possa haver dificuldade de manter a máscara, deve ser ponderado o risco individual;

3. O isolamento de doentes é da responsabilidade da equipa de saúde que deverá analisar a natureza da infeção e as condições de isolamento disponíveis, considerando o seguinte:
    a. Deve ser comunicada imediatamente a suspeita ao GCL-PPCIRA da sua unidade de saúde e pedir a sua colaboração na implementação das medidas consideradas necessárias;
  b. O quarto ou área de isolamento deve ser adequadamente preparado com os materiais e equipamentos estritamente necessários sem fazer armazenagem dos mesmos e individualizando todos os dispositivos médicos passíveis de uso individual;
    c. Manter a porta do quarto fechada e a área de isolamento identificada de acordo com o sistema interno de sinalização;
    d. A equipa de saúde deve ser orientada quanto à aplicação e monitorização das Precauções de Via Aérea;
    e. Não circular com os EPI fora da área de isolamento;
    f. Controlar a entrada de estudantes nesta área;
    g. Controlar a entrada de visitantes restringindo-os ao mínimo e orientar os visitantes/acompanhantes sobre o cumprimento das medidas, nomeadamente:
        i. higiene das mãos;
       ii. correta utilização do respirador;
      iii. não utilizar objetos pessoais do doente;
     iv. não retirar objetos do quarto sem falar com o enfermeiro ou o assistente operacional;
      v. não se alimentar no quarto;
      vi. tempo de visita deve ser limitado,

    h. Organizar a entrada de profissionais da área alimentar (ou evitar a sua entrada na área) e dos alimentos e saída dos restos alimentares do quarto; 
     i. Os brinquedos utilizados pelas crianças devem permanecer no quarto e devem ser de plástico ou outro material lavável para facilitar a sua descontaminação;
      j. A entrada de livros e revistas no quarto não precisam ser restritos, mas não podem ser partilhados com outros doentes;
    k. Orientar os profissionais de limpeza sobre o uso de respirador, avental ou bata e uso de materiais de limpeza exclusivos da área de isolamento;
    l. Seguir a política interna de resíduos e roupas.

4. Os profissionais devem usar respirador ultra-filtrante tipo P2 (PPF2/N95), dada a transmissibilidade do vírus através de núcleos de gotículas, à distância, por via aérea.


Vacinação do sarampo


  • Pessoas com menos de 18 anos de idade: 1-4 anos – primeira dose (recomendada aos 12 meses de idade); 5-17 anos – segunda dose (recomendada aos 5 anos de idade);
  • Pessoas com 18 ou mais anos de idade: Nascidos em ou após 1970, não vacinados contra o sarampo e sem história credível da doença - 1 dose (exceto profissionais de saúde - 2 doses);

Vacinação noutros países


Sarampo é endémico nalguns países, como Angola e alguns têm surtos frequentes, como no Brasil, em que o esquema vacinal é: 
  • 12 e 15 meses - vacina tríplice + varicela (obriga a um reforço no nosso calendário) - vacinação a partir dos 6 meses;

Sarampo – Medidas e estratégias para a USF


Sugeri algumas medidas e estratégias para prevenir ocorrência de surtos, como:
  • vacinação dos utentes adultos;
  • vacinação de migrantes que recorram à unidade.

Fontes bibliográficas
https://www.dgs.pt/paginas-de-sistema/saude-de-a-a-z/sarampo1/normas-e-orientacoes.aspx


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Para que serve o crómio?
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O crómio é um mineral que tem um papel importante no metabolismo dos hidratos de carbono, lípidos e proteínas. No nosso corpo ganha especial destaque e o o seu papel no metabolismo dos glúcidos, estando associado ao melhor desempenho de nossa insulina e manutenção dos valores de glicemia, açúcar no sangue, dentro dos valores normais.

O crómio na nossa alimentação


Na nossa alimentação podemos encontrá-lo no marisco, nozes, passas, carne, feijão e pimenta preta (os alimentos mais ricos em crómio - mexilhão (128 μg/100g), castanha-do-para (100 μg/100g), ostra (57 μg/100g), frutos secos (29 μg/100g), pêra (27 μg/100g), camarão castanho (26 μg/100g), farinha integral (21μg/100g), tomate (20 μg/100g), cogumelos (17 μg/100g), brócolos (16 μg/100g), cevada (13 μg/100g), avela (12 μg/100g), costela de porco (10 μg/100g), milho (9 μg/100g), gema do ovo (6 μg/100g), carnes vermelhas (3 μg/100g) e arenque (2 μg/100g). (Fonte: eufic.org)).

Crómio para que serve?


Os estudos científicos revelaram que o crómio tem um papel muito importante na melhoria da função da insulina no nosso corpo, promovendo mais controlo dos valores de açúcar no sangue.
Os alimentos mais ricos em crómio

Para além desta função reconhecida têm se associado a este oligoelemento outros beneficios como sejam perda de peso (emagrecer) e melhoria do metabolismo das gorduras e proteínas.
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